Que Venha...
Este Amor
Desconhecido
No meu peito
Adormecido
Na minha alma
T�o esperado!
Que venha
Este Amor
Arrancar
Esse grito
Que me sufoca
Esse gemido
Que me despoja!
Que venha
Este Amor
Enrolar-se no colar
Do meu calor
E calar-me!
Mari Cabral
=========================
" Teus Seios "
Quando os sinto, quando os beijo
na �nsia febril de amante incontestado,
s�o p�los recebendo o meu desejo,
nos momentos sublimes de pecado...
E �s manh�s... quando acaso, entre len��is
das roupagens do leito, saltam nus,
lembram, n�o sei, dois lindos girass�is
fugindo � sombra e procurando a luz!...
Flora��es r�seas de uma carne em flor
que se ostenta a tremer em dois bot�es
na primavera ardente de um amor
que vive para as nossas sensa��es...
T�midos...
cheios...
palpitantes, como
dois bagos do teu corpo de sereia,
tem um rubro bot�o em cada pomo
como duas cerejas sobre a areia.
Quando os tenho nas m�os
Quantas del�cias!...
Arrepiam-se, tr�mulos ,
sensuais,
e ao contato nervoso das car�cias
tocam-me o peito como
dois punhais!
Meu l�brico prazer sempre consolo
na carne destas ondas revoltadas,
que s�o como ta�as emborcadas
no moreno inebriante do teu colo...
Teus seios...
s�o as fontes onde os loucos,
saciar a sede, tentam, da paix�o,
- sede que mata e que sufoca aos poucos...
Teus seios!...
Nada existe que os encarne!
- S�o divinos pecados da Cria��o,
s�o dois poemas de amor feitos de carne!...
_ Poema de J.G . de Araujo Jorge
in " Meu C�u Interior " - 1961 _
-------------------------------------------------------------------