CIGANA SELVAGEM
Minha alma cigana, sem calma,
Lhe quer hoje, agora, n�o espera.
N�o h� o proibido, o imposs�vel.
S� na noite, esta cigana desespera.
Quero a magia de carinhos insanos
Arrelia de amor, meu corpo suado...
Meus segredos revelados, tremor,
Torpor, sangue fervendo, cruzado...
Tenho veneno, um gostoso mist�rio,
Para ser descoberto, desvendado...
Sou inspira��o, desejo, sol a pino...
Sou destino adiado, mas marcado...
Meu cora��o cigano selvagem,
Quer sua posse, da paix�o a dan�a.
Beijo molhado, abra�o apertado,
Dos desejos a afiada e aguda lan�a...
Meu querer � animal indom�vel,
Rugindo em dolentes chamadas...
Labaredas, fogo, fogo abrasador,
Chamando-o nas madrugadas!...
Esta cigana cansou de esperar ...
Quer ter o seu senhor, apaixonado,
Agora, para sempre, pela vida Inteira,
Alucinado... pelo amor arrebatado!...
((Marilena Trujillo))
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