Estendo os olhos aos mares:
ela anda pelas espumas...
- Serenidades lunares,
tristezas suaves de brumas...
Ela anda nos c�us vazios,
em brancas noites morosas:
mira-se na �gua dos rios,
dorme na seda das rosas...
Passa em tudo, grave e mansa...
E, do seu gesto profundo,
solta-se a grande esperan�a
de coisas fora do mundo...
Por sobra as almas vagueia:
almas santas... Almas boas...
� um palor de lua cheia,
na �gua morta das lagoas...
Quando contemplo as encostas,
de alma ansiosa por venc�-las,
vejo-a no alto de m�os postas,
muda e coroada de estrelas...
E vou sofrendo degredos,
a dominar os espa�os...
S� quero beijar-lhe os dedos
e adormecer-lhe nos bra�os.
Cecilia Meireles
ela anda pelas espumas...
- Serenidades lunares,
tristezas suaves de brumas...
Ela anda nos c�us vazios,
em brancas noites morosas:
mira-se na �gua dos rios,
dorme na seda das rosas...
Passa em tudo, grave e mansa...
E, do seu gesto profundo,
solta-se a grande esperan�a
de coisas fora do mundo...
Por sobra as almas vagueia:
almas santas... Almas boas...
� um palor de lua cheia,
na �gua morta das lagoas...
Quando contemplo as encostas,
de alma ansiosa por venc�-las,
vejo-a no alto de m�os postas,
muda e coroada de estrelas...
E vou sofrendo degredos,
a dominar os espa�os...
S� quero beijar-lhe os dedos
e adormecer-lhe nos bra�os.
Cecilia Meireles