Parte I
Sob um ponto de vista psicol�gico (Resumo)
(Lu�s Vasconcellos)
O Inseguro/desconfiado e suas proje��es negativas sobre o Outro
� fundamental notar que a desconfian�a est� sempre � procura de um
motivo real onde se instalar e, de fato, nem precisa ser t�o real assim:
basta ser plaus�vel e pronto! Ela se instala!
� necess�rio ressaltar o aspecto radiante ou energ�tico da confian�a,
do amor e da f�. Trata-se de um fen�meno energ�tico, que tem a
dire��o do EU para fora do EU e � projetada sobre o mundo e os outros.
Aquele estado, comumente tamb�m chamado de confian�a e que depende
do Outro (ou do que o Outro fa�a!) para existir ou para se manter, em
verdade, n�o merece este nome, pois n�o � confian�a coisa nenhuma.
Se eu confio, n�o vigio, se confio n�o me fa�o um negociante da confian�a
ou da desconfian�a do outro, n�o me torno um GUARDA restritivo e muito
zeloso de suas posses adquiridas, n�o me torno um seguran�a, sempre
pronto a cercar e garantir, sempre pronto a proibir e a cercear a liberdade
do outro.
Se EU, em nome de minha Inseguran�a exijo provas diuturnas de que o
Outro nada tenha feito para merece-la, ent�o, de fato, de dentro de
minha Inseguran�a, o Outro � CULPADO, a menos que PROVE O CONTR�RIO,
pois a realidade �nica que eu permito � a da minha DESCONFIAN�A e o
Outro, na verdade, n�o � levado em conta, e sim, desconsiderado e
desrespeitado em sua Individualidade, poder de escolha e liberdade.
Para o Inseguro e Desconfiado, o Outro, de fato, nem existe como dimens�o
psicol�gica. Ainda que sua exist�ncia f�sica e sua presen�a n�o possam ser
negadas, para o desconfiado/inseguro a percep��o psicol�gica da exist�ncia
real do Outro ainda n�o aconteceu, pois a partir de sua imaturidade ele(a)
n�o se relaciona com o Outro e, sim, com o espelho de si mesmo, atrav�s
de julgamentos, explica��es convenientes, condena��es, preconceitos,
pr�-julgamentos de todo tipo, assun��es de valor moral e, principalmente,
com conota��es negativas: Voc� me trai! Voc� n�o � confi�vel!
E assim por diante...
� particularmente revoltante conferir que o desconfiado/inseguro (homem ou mulher)
n�o se altera mesmo diante dos mais infundados motivos. O fato � que ele(a) �
insens�vel ao Outro. O fato � que ele(a) n�o v� na realidade nada al�m do que
ele mesmo cria, nada al�m daquilo que ele, de forma doentia, quer ver no Outro
(sempre o pior, sempre o mais negro, sempre o mais terr�vel).
Ele s� v� no outro o espelho de seu �ntimo, nada mais, pois nunca tem a vis�o
real da outra pessoa j� que sua guerra � com os seus sentimentos negativos e
com a proje��o indiscriminada e inconsciente destes sentimentos sobre o Outro.
Sua guerra � com a depend�ncia estrita e estreita que ele nutre, todos os dias,
com rela��o a estes sentimentos negativos e depressivos.
� como se ele(a) (desconfiado/inseguro) dissesse, o tempo todo, para o Outro:
Por favor, n�o me fa�a isso!!!! N�o me traia!!! N�o me abandone!!! N�o me
rejeite, nem me passe pra tr�s!!! Eu sofreria tanto se isto me acontecesse que
acho que seria capaz de perder a cabe�a e fazer uma loucura!
Quando, de fato, j� � uma loucura fazer o que faz, do jeito que faz...
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