N�o deixes passar, despercebido,
o teu divino instante de ajudar.
Surge, v�rias vezes nos
sessenta minutos de cada hora,
concitando-te ao enriquecimento de ti mesmo.
Repara, vigilante.
Aqui, � o amigo que espera
por uma frase de consolo.
Ali, � algu�m que te roga
insignificante favor.
Al�m, � um companheiro
exausto no terreno �rido das provas,
na expectativa de um gesto de solidariedade.
Acol�, � um cora��o
dorido que te pede algumas
p�ginas de esperan�a.
Mais al�m, � um velhinho que sofre e
a quem um simples sorriso
teu pode reanimar.
Agora, � um livro edificante
que podes emprestar ao irm�o de luta.
Depois, � o aux�lio eficiente
com que ser� poss�vel o socorro ao pr�ximo necessitado.
N�o te fa�as desatento.
N�o longe de tua mesa,
h� quem suspire por um caldo reconfortante.
E, enquanto te cobres,
feliz, h� quem pade�a frio e nudez,
em aflitiva expecta��o.
As horas voam.
N�o te detenhas.
Num simples momento,
� poss�vel fazer muito.
Ao teu lado, a multid�o das
necessidades alheias espera por teu bra�o,
por tua palavra, por tua compreens�o...
Vale-te, pois, do instante que
foge e semeia b�n��os para que
o mundo se empobre�a de mis�ria e,
em se fazendo hoje mais rico de amor, possa fazer-te,
amanh�, mais rico de luz.
(Francisco C�ndido Xavier por Jos� de Castro. In: Relic�rio de Luz)