"SIL�NCIO MUDO..
Todo sil�ncio mudo
� sombrio.
Nebulosidade que aprisiona a l�grima,
Obstrui do l�bio, o sorriso,
Enclausura o n� na garganta,
Escure as fendas da alma...
Todo sil�ncio mudo
� revolta.
Sem pena, risca as paredes do quarto,
Queima as cortinas novinhas da sala,
Depois de quebrar todo assoalho do banheiro,
De batom, ainda mancha todo espelho...
Todo sil�ncio mudo
� corrosivo.
Auto destrutivo,
Vai remoendo pensamento,
Matando aos poucos o sentimento,
Seja ele escrito, falado, cantado,
Ou nunca sequer pronunciado,
De dentro de todo sil�ncio mudo,
Sempre ecoar� um forte grito...
Disfar�ado de leve sussurro,
Talvez seja mesmo um berro, um urro...
Um urro estridente, sofrido,
Um urro quase calado,
Sil�ncio pesado,
Provocado pelo medo,
Pela revolta, pelo ci�me,
Um grito, que de t�o silencioso,
D� lugar ao desespero...
S� pode ser ele:
O grito apavorante
Do sil�ncio mudo...
_Aliesh Santos_