Faz anos navego o incerto.
N�o h� roteiros nem portos.
Os mares s�o de enganos
e o pr�vio medo dos rochedos
nos prende em falsas calmarias.
As ilhas no horizonte, miragens verdes.
Eu n�o queria nada al�m
de olhar estrelas
como quem nada sabe
para trocar palavras, quem sabe um toque
com o surdo camarote ao lado
mas tenho medo do navio fantasma
perdido em pontas sobre o tombadilho
dou a face e forma a vultos emba�ados.
A lua cheia diminui a cada dia.
N�o h� respostas.
Queria s� um amigo onde pudesse jogar o cora��o
como uma �ncora.
.
_Caio Fernando de Abreu_