O TEMPO DO TEMPO
O tempo é voraz, cruel e desumano.
No rosto, rugas comprovam que ele passa.
Quanto tempo ainda tenho?
Minha vida, eu sei, é ele quem traça.
Posso tê-lo muito ou quase nenhum,
mas como saber se ele é imprevisÃvel?
Mas sei que fugir do tempo não posso...
aliás, ninguém pode! É impossÃvel!
Com o tempo a consciência se perde
no tempo que o tempo marcou...
E nada se pode fazer
com as marcas que o tempo deixou.
Por isso quero viver muito tempo,
quanto tempo ele me permitir.
e não pensar em futuro,
porque o futuro já chegou para mim.
Quero aproveitar o meu tempo agora
e quero muito que seja ao seu lado.
Porque posso ter rugas no rosto,
posso até sentir esse desgosto,
mas continuo apaixonado.
Deixo que o tempo reconstrua em mim
a cada dia esse amor que me rejuvenesce.
Pode o tempo consumir o meu corpo,
deixá-lo abatido e até quase morto,
mas de você, com certeza, jamais se esquece!
_MARCO MOTTA_