A Noite
Procuro-te nos meus sonhos.
No quarto escuro, abro os olhos e te busco nas formas imaginárias.
E, sem controle, uma lágrima rola e molha meu rosto.
E essa procura entra noite, madrugada...
E nada a fazer, eu não tenho nada a fazer.
Fecho os olhos e um turbilhão de pensamentos invadem-me.
Converso com Deus,
E brigo com Ele,
E O questiono.
Abro os olhos e nada mudou.
Nem a escuridão que me apavora, nem as formas que não visualizo mais e
nem meus sonhos que também não te acham.
Fecho, de novo, os olhos, agora encharcados.
Tento pausar meu pensamento,
Em vão…
Ele é implacável.
E comanda meu corpo que treme descontrolado.
E sonho acordada esse pesadelo real.
E amanhã tudo de novo…
Tudo De novo…
Tudo De novo…
_Maria Helena_