Frágil, forte ou louca?
Talvez seja timidez, solidão,
Antipatia ou necessidade...
Talvez seja imaginação, perturbação,
Ou a própria liberdade...
Talvez seja esse Eu,
Que ora me faz frágil,
Ora me faz forte,
Ora me faz louca
E que me obriga a ser essa fugitiva
Dentro de mim e da própria sociedade...
Talvez seja essa gana, essa arrogância,
Essa vontade enorme
De querer desvendar os outros
Que me move...
Mas, será?
Não seria muita pretensão a minha?
Como querer revelar a outrem,
Quando se é um próprio
Para si mesmo?
Como querer descobrir o mundo,
Quando ainda não se conseguiu livrar-se
De seus próprios medos
E decifrar seus próprios segredos?
Pretensiosa eu, será?
Ah, pode ser...
Mas quem pode entender a si mesmo?
Quem pode entender a mente
De outro ser humano,
A não ser ele mesmo?
_Aliesh Santos_