Banco dos r�us
Voc�, agora, � um r�u,
tudo o que disser...n�o adianta,
um j�ri n�o perdoa...� cruel.
Foi acusado de seduzir um cora��o,
fazendo
-o bater mais forte
no compasso de uma paix�o.
Foi acusado de manipular na ess�ncia
uma pobre alma carente,
sem um m�nimo de complac�ncia.
Foi acusado de roubar a paz
de algu�m que acreditou
nesse seu amor fugaz.
Foi acusado de ferir sentimentos
prevalecendo-se da ast�cia de sedutor
...mas de poucos envolvimentos.
Pelos seus crimes est� sendo julgado,
e, quem sabe, pela justi�a,
voc� seja duramente condenado.
N�o havendo nada mais a ser dito...
fique em p� e receba sua senten�a,
acaba de chegar seu veredicto:
\"De todos esses crimes que cometeu,
voc� foi estranhamente perdoado
porque, da queixa, a v�tima se arrependeu.\"
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Adeus
(Silvia Munhoz)
Amor,
quando voc� estiver lendo
esta mensagem,
eu j� terei seguido viagem.
Parto com passagem s� de ida,
levando comigo
todos os sonhos de uma vida.
Na bagagem,
as esperan�as de um dia
seguem numa mala,
hoje, quase vazia.
Nos bolsos,
apenas um len�o
para as vezes
que em voc� eu penso,
com os olhos marejados.
Sab�amos
que esse momento chegaria
e que o mais correto seria
eu mesma partir.
Assim como cheguei...
do nada...
sem ter para onde ir,
assim...sem nada...
eu vou sair.
Quanto �s velhas esperan�as,
estou levando nesta mudan�a
para atir�-las ao sabor do vento,
junto aos meus sentimentos.
N�o vou olhar para tr�s,
posso n�o ser capaz
de seguir em frente
e, num repente, querer voltar.
N�o quero parar na estrada
e de arrependimento chorar
por n�o ter tentado ficar.
Estou seguindo sem rumo.
Devagar eu me acostumo.
Mas, se o imprevisto surgir
e eu me sentir
demasiadamente s�,
suplicarei a Deus
que piedosamente...
devolva-me ao p�.
03/11/2000