o amor rom�ntico � como um traje, que,
como n�o � eterno, dura tanto quanto dura;
e, em breve, sob a veste do ideal que form�mos,
que se esfacela, surge o corpo real da pessoa
humana, em que o vestimos.
O amor rom�ntico, portanto, � um caminho de
desilus�o.
S� o n�o � quando a desilus�o, aceite desde
o pr�ncipio, decide variar de ideal constantemente,
tecer constantemente, nas oficinas da alma,
novos trajes, com que constantemente se
renove o aspecto da criatura, por eles vestida.
Fernando Pessoa
(.") (",)\
./?\. ./?\.
_| |_ _| |_
COMENTE VOLTE SEMPRE
Reconstitui��o
Tive de repente
saudade da bebida que eu estava bebendo...
tive saudade e tentei me lembrar que gosto faltava,
qual era a bebida...
Fui procurando entre copos e m�veis
e dei com sua boca.
A saudade era dela
A bebida era o beijo.
Elisa Lucinda