HOMENAGEM AO NOSSO IRM�O MORADOR DE RUA
Noite fria e eu, sentado no banco da pra�a, rodeado pelas trevas da noite.
O que estou fazendo, em meio ao frio da noite?
Tentando aquecer a minha alma, procurando o calor de Deus, me solidarizando e rezando pelos irm�os expostos ao frio do mundo.
Fisicamente eu nada fa�o. Mas, mentalmente, estou em atividade intensa, preocupado, sabendo que, enquanto muitos, neste momento, dormem aquecidos no aconchego familiar, outros h�
Que morrem nas cal�adas, tremendo, semi congelados, ignorados e massacrados pela desigualdade humana.
Console-os, Meu Deus.
Diga-lhes do sagrado e aconchegante manto que os espera se, conformados, suportarem este teste imposto.
Ponha-lhes no frio rosto o c�lido beijo deste vento amigo, que � a f� em voz.
Fa�a-lhes ver o qu�o felizes s�o, pois est�o mais perto de conseguirem um espa�o certo, no divino lado seu.
Perdoe os que no conforto vivem, agasalhados, ignorando os que s�o chibatados pelo chicote atroz do tenebroso inverno.
Por que, irm�os que s�o destes sofredores, s�o mais infelizes, postos que est�o fugindo da fraternidade, sem saber o risco a que est�o se expondo.
Sim, por que, se ocultando, ego�stas no calor do mundo, poder�o cair num calor mais forte. Para eles poder� haver, ap�s a morte, o calor do "inferno" que vir� depois.
NA: NOTA-SE QUE INFERNO EST� ENTRE ASPAS, PELO FATO DO AUTOR ACREDITAR QUE DEUS N�O MANDARIA NENHUM DE SEUS FILHOS PARA TAL LUGAR. "INFERNO, NO CASO, � UM LUGAR FICT�CIO,
SIMPLESMENTE UM RECURSO LITER�RIO, PARA DAR PROFUNDIDADE AO TEXTO. o CASTIGO QUE ELE D� AOS QUE IGNORAM O SOFRIMENTO DE SEUS IRM�OS � O IMPEDIMENTO DE ALCAN�AR UM LUGAR AO SEU DIVINO LADO, FAZENDO COM QUE VENHAM, QUANTAS VEZES FOR PRECISO, A ESSE MUNDO DE FALSIDADE E INGRATID�O, PROCURANDO M�RITOS PARA CHEGAR AT� ELE.
AT� ELE.