Hoje penso no amor,
sinto a vida
bulindo � volta, em
cada arbusto...
Revela-se, palpita enal-
tecida,
com lasc�vias e mimos
de querida,
e eu a olho, preciso a
todo custo.
II
As magn�lias se abrem
excitantes;
com seus seios fartos e
desnudos,
onde p�em luc�olas pal-
pitantes...
E nas noites de fugazes
escudos,
semeia-lhes colares de
diamantes...
III
E na tez que possuem
os jasmins,
voejam besouros cor
de ouro...
E do nada vem um p�s-
saro canoro;
escondido no verdor
dos jardins,
regendo uma flauta,
cristal sonoro...
IV
Em meio a um tronco
que supura,
l�tex nodoso em cores
vermelhas...
Lavram um mel de cor
escura,
na faina do dia a dia,
as abelhas...
V
� a vida que est� se de-
senvolvendo,
e a cria��o mostra a for-
�a que � certa...
V�-se o belo da natureza
acontecendo,
insetos copulam, das vi-
das cuidando,
e a tudo vendo estou eu,
boquiaberta...
VI
E penso no amor. A vida;
confidente,
murmura coisas em sua
marcha vivida...
Eu fecho os olhos, meio
adormecida,
com o peso de um delir�o
meio ardente...
E a face do amor, que est�
ausente
aparece em fundo rosa...
E a rede oscila
lentamente...