O tempo � o advogado de todos. Fala sem palavras e exalta sem louros humanos. Confere a cada um, segundo as pr�prias obras, a alegria ou a dor, a liberta��o ou o cativeiro.
Jesus n�o nos conhece pelos t�tulos religiosos que possu�mos no mundo, mas pelo nosso cora��o, pelo nosso car�ter e pelos nossos sentimentos. Vale mais acumular dons de servir e lutar pelo bem, que guardar moedas ou t�tulos destinados ao esquecimento.
Bem aventurado � o trabalhador que, na hora do crep�sculo, se sente ainda com o tesouro do servi�o. As estrelas brilham para ele com renovado fulgor e o Pai de Infinita Bondade lhe renova as energias para o trabalho a fazer.
Que encontremos em tudo e sobretudo a felicidade de trabalhar para o bem, sem repouso.
O C�u nos fortalecer� para que n�o desfale�amos na marcha.
Louvemos os padecimentos que nos surpreendem a caminhada, porque n�o possu�mos mais competentes instrutores para guiar-nos ao cume da divina ressurrei��o.
Desculpemos a exist�ncia pelos golpes que nos oferece.Pensemos que os nossos dias mais felizes s�o aqueles da m�goa e do sofrimento, que muitas vezes nos perseguem na Terra.
Viver confiando em Deus, ainda mesmo que as prova��es se multipliquem, significa tudo na base do �xito espiritual.
A ora��o � o rem�dio milagroso que o doente recebe em sil�ncio. A vida � infinita e o dia se renova constantemente, sob o h�lito divino do Criador.
A morte � a grande niveladora no mundo e precisamos, em muitos casos, esperar por ela, a fim de que certos problemas sejam desvendados.
A medita��o e a prece ser�o sempre lugares benditos de reencontros com a inspira��o divina.
As dificuldades s�o luzes, quando aproveitamos o seu concurso para o bem.
Ajudemo-nos, ajudando aos outros, na tarefa da nossa pr�pria liberta��o. � indispens�vel admitir a necessidade do nosso testemunho no sacrif�cio, para nos abeirarmos na verdade e suport�-la.
Precisamos crer no poder do trabalho e da boa vontade, os sublimes orientadores da alma, no roteiro que o Mestre nos tra�ou.
pelo Esp�rito Maria Augusta Bittencourt - Do livro: Cartas do Cora��o, M�dium: Francisco C�ndido Xavier.