N�o desprezes o poder da migalha na obra do aux�lio.
O prato simples que partilhas com o irm�o em pen�ria n�o resolve o problema da fome; entretanto, ele em si n�o � apenas favor providencial para quem o recebe, mas tamb�m mensagem de fraternidade expedida na dire��o de outras almas, que se inclinar�o a repartir as alegrias da mesa.
A pe�a de roupa com que atendes ao viajor, estremunhado de frio, n�o extingue o flagelo da nudez; todavia, ela em si n�o constitui valioso abrigo para quem a recolhe, mas tamb�m apelo silencioso para que amigos que esperam, unicamente, um sinal de amor para se entregarem aos j�bilos do servi�o.
Acontece o mesmo com a moeda humilde que ajustada � benefic�ncia, faz pensar no valor da coopera��o, e com o livro edificante que, funcionando no apoio a companheiros necessitados de esclarecimento e consolo, nos obriga a meditar no impositivo da cultura espiritual.
Em muitas circunst�ncias, � um gesto s� de tua compreens�o que salvar� algu�m de calamidade eminente e, em muitos casos, uma s� frase de tua parte representa a seguran�a de comunidades inteiras.
Bem aventurado todo aquele que estende milh�es � supress�o dos problemas de natureza material e bem aventurado todo aquele que cede algo de si pr�prio, a benef�cio dos outros, ainda que seja t�o-somente uma palavra de b�n��o para o conforto de uma crian�a esquecida.
N�o desprezes o poder da migalha na obra do aux�lio.
Por d�diva de sustenta��o e miseric�rdia para felizes e infelizes, s�bios e ignorantes, justos e injustos, Deus entrega o Sol por atacado, mas por dom inef�vel, capaz de conduzir as criaturas com harmonia e discernimento, no rumo das perfei��es divinas, Deus d� o tempo, trocado em mi�do, atrav�s das migalhas dos minutos, iguais para todos.
O cora��o humano � compar�vel a cofre repleto de riquezas incalcul�veis, e ningu�m o possui impenetr�vel ou inacess�vel... Habitualmente, resistir� a golpes de martelos, � a��o de gazuas e at� mesmo ao impacto de explosivos e provas de fogo; mas, quase sempre, � a tua migalha de humildade e paci�ncia, bondade e coopera��o que simboliza a chave capaz de abri-lo.
(Francisco C�ndido Xavier e Waldo Vieira).