Realmente, n�o h� desamparado diante do Senhor, mas h� uma esp�cie de orfandade que nos convoca em toda parte a maiores reflex�es, quanto ao dever de amparar a vida que nos cerca.
Referimo-nos �s necessidades m�ltiplas que nos reclamam o esfor�o e a toler�ncia na pr�tica efetiva do bem.
Em verdade, ser� sempre louv�vel a constru��o de casas e ref�gios, creches e hospitais, onde as crian�as sem lar encontrem abrigo e medica��o.
Todavia, n�o olvidemos o mundo das criaturas inferiores e das cousas, aparentemente sem import�ncia, que nos rodela.
A�, vemos quadros inquietantes que efetivamente nos ensombram e afligem.
N�o � somente o painel escuro do irm�o em Humanidade, que vagueia sem rumo, a �nica porta de dor a pedir nos trabalho assistencial.
� tamb�m a terra empobrecida, necessitada de adubo e sementeira vivificante.
� a �rvore benfeitora, relegada ao abandono.
� a fonte intoxicada, que nos solicita prote��o e carinho.
� a casa desmantelada, rogando aten��o e limpeza.
� a via p�blica que nos compete defender e respeitar, pedindo-nos bondade e higiene.
� a animal que nos auxilia, endere�ado por nossa inconseq��ncia ao cansa�o, sede e fome, suplicando nos alimento e repouso.
� a ferramenta que sentenciamos � ferrugem e ao esquecimento prejudicial.
A essa orfandade triste, que nos desafia, em todos os setores da luta terrestre, podemos prestar o melhor concurso, � o concurso da bondade silenciosa e diligente, � que nos trar� a resposta do progresso e do bem-estar de todos.
N�o esquecer que somos respons�veis pela regi�o de servi�o que nos sustenta.
N�o condenes orfandade os instrumentos de trabalho em que a tua miss�o na Terra se desenvolve.
Cuida de assistir aos seres e �s cousas do pr�prio caminho, com os mais elevados sentimentos do cora��o, e receber�s a constante assist�ncia da Bondade Divina, � luz da vida a brilhar perenemente no caminho de todos.
(Francisco C�ndido Xavier)