Se vais � miss�o do bem,
Destr�i a sombra, a incerteza...
Repara as li��es do Pai
No livro da Natureza.
A terra do lavrador,
Que produz e que prospera,
N�o prescinde, em parte alguma,
Do arado que a dilacera.
A semente destinada
�s for�as de luz da vida
Precisa morrer no fundo
Da cova desconhecida.
Se progride, em torno � casa,
O mato bruto, inclemente,
Ningu�m dispensa o recurso
Da enxada benevolente.
Na colheita rica e farta,
H� golpes de segador...
A farinha delicada
Passou no triturador.
O p�o singelo ou fidalgo
Que aben�oa a refei��o,
Foi cozido devagar
Ao calor de alta express�o.
Toda vinha de esperan�a,
De alegria, de fartura
Exige do vinhateiro
As chagas da podadura.
A mesa, o leito, a poltrona,
Que servem todos os dias,
Passaram pelos serrotes
De rudes carpintarias.
Ouve, amigo, e atende � luta!
Que seria do trabalho,
Se a bigorna escapulisse
Das vivas a��es do malho?
Que seria da candeia
No instante justo de arder,
Se o �leo fadado � luz
Quisesse permanecer?
Se vais � miss�o do bem,
N�o olvides, meu irm�o,
Que o suor gera o servi�o,
Em busca da perfei��o.
Consome-te no dever,
S�, tu mesmo, a claridade,
Jesus, para ser Senhor,
Foi servo da Humanidade.