Segundo Joanna de �ngelis (Esp�rito), o altru�smo, que � li��o viva de caridade, express�o superior do sentimento de amor enobrecido, abre as portas � a��o, sem a qual n�o teria sentido a vida (humana).
Vivendo numa sociedade eminentemente ego�sta, o indiv�duo sofre os efeitos do seu pr�prio comportamento, recebendo conforme se conduz. Sem o esp�rito de solidariedade a nortear-lhe os passos, as suas s�o a��es egoicas, que somente objetivam o pr�prio bem-estar, tornando-o avaro e destitu�do das elevadas express�es do amor.
Enquanto n�o compreendermos que o amor deve reger as nossas exist�ncias, estaremos solit�rios e ambiciosos, tristes e frustrados, procurando meios para alcan�armos a felicidade, que parece estar sempre onde n�o nos encontramos.
Abra�ando o altru�smo, o sentimento de fraternidade vige vigoroso, ampliando-nos os horizontes existenciais e dando-nos sentido psicol�gico, o que torna a vida muito mais significativa e atraente.
Esse comportamento deve iniciar-se ao abrir-se a m�o para auxiliar, o que resultar� em abrir o cora��o para melhor viver. A dor do pr�ximo passa a pertencer-nos tamb�m, e a sua solid�o se nos torna um convite forte � conviv�ncia confortadora. O individualismo, que atormenta as pessoas, leva-as � constante preocupa��o de ter sempre mais, n�o deixando espa�o emocional para distribuir alegria e esperan�a entre aqueles que sofrem e, sem o quererem, tornam-se amea�a � sua tranquilidade.
Este � o momento de expandirmos o altru�smo sob todas as formas poss�veis. A Europa, erudita e rica, durante muito tempo vinha impondo regras eminentemente severas para impedir a entrada de estrangeiros no solo de alguns pa�ses. Agora se v� a bra�os com a necessidade de amparar milh�es de vidas estioladas que a buscam, na esperan�a de se reconstru�rem. Em consequ�ncia, outra alternativa n�o disp�e, sen�o albergar os desamparados e sofrer-lhes as ang�stias e dramas que os atormentam.
Evitemos afli��o igual.
Por Divaldo Pereira Franco. Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opini�o, em 19.5.2016.