Luiz Poeta
�- Luiz Gilberto de Barros -
Especialmente para a Ciranda da Paz�
Tu me pedes um poema sobre�a paz...
Arbitr�ria, a consci�ncia me intima;
Tu s�queres poesia, nada mais,
Fa�o um verso solit�rio...falta a rima...
�
Minha dor inevit�vel me vitima
O que quer o meu sil�ncio ? Poesia ?
A tristeza me maltrata e�desanima,
Mas o tema paz me acorda e desafia.
�
N�o h� paz que n�o decorra de uma guerra,
N�o h� guerra que acabe sem deixar
Sobre a relva que resiste sobre a terra
Uma l�grima que brota de um olhar.
�
Todos querem uma paz que n�o existe,
Pois enquanto houver algu�m chorando um morto,
Haver� um cora��o�vazio e �triste
E�o navio do amor deixando�um� porto.
E enquanto houver algu�m passando fome
Solit�rio, �sem nem ter onde morar,
Sem fam�lia, sem destino e sem nome
Mas... que paz n�s haveremos de cantar ?
��
Sou poeta,�fa�o versos, sei compor.
Mas enquanto a poesia se enfeita,
Toda a paz que existe em meu interior
Se dissolve numa l�grima...
perfeita.
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