Aquele era um dia dos mais felizes na vida de Andr�.
Afinal, ele iria realizar seu grande sonho: mergulhar na piscina grande do clube.
Seu pai havia lhe prometido que, quando ele completasse cinco anos de idade, poderia entrar na piscina dos adultos. Na companhia do pai, � claro.
O pequeno Andr� estava radiante naquela manh� ensolarada de domingo.
Ele e o pai chegaram cedo ao clube. E como o pai precisava fazer o exame m�dico, pediu ao filho que o aguardasse por alguns minutos.
Mas Andr�, que n�o via a hora de pular naquele mar de �guas azuis, t�o logo o pai se afastou, correu para a piscina e mergulhou com vontade.
Foi s� depois do mergulho que ele se deu conta de que aquela piscina n�o tinha fundo.
Acostumado com a piscina rasa onde sentia seus pezinhos firmes no ch�o, n�o desconfiava que a piscina grande era diferente.
Aqueles foram os segundos mais dolorosos da sua exist�ncia...
A �gua entrando em seus pequenos pulm�es... Seus bracinhos fr�geis tentando alcan�ar a superf�cie, respirar... Tudo em v�o.
Ao redor, o sil�ncio...
Andr� percebeu que n�o adiantava mais lutar... Resolveu parar de se debater e dormir...
Tudo foi ficando longe, a ang�stia passou e ele sentiu que uma m�o iluminada se estendia na sua dire��o...
Percebeu, ao longe, um t�nel de luz que o atra�a...
Entregou-se �quele sono diferente... E nada mais percebeu.
Algum tempo depois Andr� recobrou os sentidos, mas j� n�o estava mais na �gua, estava no hospital...
Os pais, em desespero, vibraram quando ele deu os primeiros sinais de vida...
Os anos se passaram e Andr� nunca esqueceu aquele epis�dio.
Na sua juventude, foi que seu pai lhe contou como ele havia sido salvo.
Um homem bom que passava pela piscina naquele dia distante, viu algo estranho no fundo da �gua e perguntou a outro homem, que tamb�m estava nas
proximidades, o que era aquilo.
O outro disse que talvez fosse um desses garotos testando por quanto tempo poderia ficar sem respirar.
Mas o homem bom n�o se contentou com a resposta. Mergulhou imediatamente e descobriu o corpo do garoto, quase sem vida.
Retirou-o da �gua e constatou que seu corpo j� estava todo roxo. N�o podia perder nenhum minuto.
Come�ou ali mesmo os procedimentos para reavivar aquele corpinho inerte.
Com as t�cnicas adequadas conseguiu reativar seu cora��ozinho e o garoto foi levado �s pressas para o hospital.
Mas o mais importante dessa hist�ria, foi o homem que salvou a vida de Andr�.
Como ele sabia as t�cnicas exatas para efetuar aquele salvamento?
Na verdade essa habilidade lhe custou muito caro. Um dia ele viu seu filho pequeno morrer daquela mesma forma, porque n�o sabia o que fazer...
Com o cora��o dilacerado de dor, aquele pai prometeu a si mesmo que jamais deixaria algu�m morrer na sua frente por falta de socorro.
Fez cursos e aprendeu todos os procedimentos para atendimentos de emerg�ncia.
E foi assim que ele conseguiu fazer com que o pequeno Andr� recuperasse os sinais vitais e conseguisse chegar vivo at� o pronto socorro.
Tudo porque aquele pai n�o se deixou abater pela dor. Pelo contr�rio, viu na dor um grande desafio.
O desafio de ser um agente de Deus junto aos seus filhos. O desafio de ser um agente do bem.
Um pai... Uma dor... Uma nobre decis�o... Um grande exemplo.
E quanto a Andr�? Ter� feito jus a essa segunda chance recebida?
Sim, � claro! Hoje ele � o jovem pai de dois meninos. Seus pulm�es foram poupados para que ele fosse um excelente saxofonista e alegrasse o mundo atrav�s da m�sica.
Um garoto e seu sonho inocente... Um homem bom... Uma bela hist�ria...
Autor:
Equipe de Reda��o do Momento Esp�rita, com base em uma hist�ria real.