(Gorete)
Que amor desconhecido � esse, que nos envolve e nos faz perder a raz�o, deixando-nos insensatos, descuidados e inseguros sem a presen�a um do outro? Mas, ao mesmo tempo, ansiosos, veias latejantes, respira��o ofegante, cora��o pulsante, no descompasso de cada um dos nossos passos? Que amor � esse, desconhecido, mas amigo, leve, livre e solto, absorto em si mesmo pois nos deixa tontos, zonzos, sem querer saber nada a n�o ser um do outro? Que amor desconhecido � esse que passeia entre a gente e as almas transparentes se envolvem em luzidios cristais brilhando intensamente entre corpo e mente? Que amor � esse, desconhecido, que nos faz ficar desse jeito: tolos, meninos, infantis na verdade, pueris? Que amor � esse, desconhecido, que nos seduz, onde o corpo deseja almeja, ardente, em chama flamejante? Ah! Esse amor � meu conhecido, amigo, amante, de paix�o sem raz�o mas que me seduz, me envolve e me traduz, em claridade solar, s� querendo e vivendo para amar. De dia, de noite, a todo instante. Amor amigo, vem me amar! Sem um instante sonhar E em meus puros devaneios, concretizar.