Dar Sem Esperar Receber
Havia uma pequena aldeia onde o dinheiro n�o entrava.
Tudo o que as pessoas compravam,
tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado.
A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era a amizade.
Quem nada produzia,
quem n�o possu�a coisas que pudessem ser trocadas por alimentos,
ou utens�lios, dava seu CARINHO.
O CARINHO era simbolizado por um floquinho de algod�o.
Muitas vezes, era normal que as pessoas
trocassem floquinhos sem querer nada em troca.
As pessoas davam seu CARINHO pois sabiam que receberiam
outros num outro momento ou outro dia.
Um dia, uma mulher muito m�, que vivia fora da aldeia,
convenceu um pequeno garoto a n�o mais dar seus floquinhos.
Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade
e teria o que quisesse.
Iludido pelas palavras da malvada, o menino,
que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia,
passou a juntar CARINHOS e em pouqu�ssimo
tempo sua casa estava repleta de floquinhos,
ficando at� dif�cil de circular dentro dela.
Da� ent�o, quando a cidade j� estava praticamente sem floquinhos,
as pessoas come�aram a guardar o pouco CARINHO que tinham
e toda a HARMONIA da cidade desapareceu.
Surgiram a GAN�NCIA, a DESCONFIAN�A, o primeiro
ROUBO, o �DIO, a DISC�RDIA,
as pessoas se XINGARAM pela primeira vez
e passaram a IGNORAR-SE pelas ruas.
Como era o mais querido da cidade,
o garoto foi a primeiro a sentir-se TRISTE e SOZINHO,
o que o fez o menino procurou a velha para perguntar-lhe
e dizer-lhe se aquilo fazia parte
da riqueza que ele acumularia.
N�o a encontrando mais, ele tomou uma decis�o.
Pegou uma grande carriola,
colocou todos os seus floquinhos em cima
e caminhou por toda a cidade
distribuindo aleatoriamente seu CARINHO.
A todos que dava CARINHO, apenas dizia:
"Obrigado por receber meu carinho".
Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos,
ele distribuiu at� o �ltimo CARINHO sem receber um s� de volta.
Sem que tivesse tempo
de sentir-se sozinho e triste novamente,
algu�m caminhou at� ele e lhe deu CARINHO.
Um outro fez o mesmo...
Mais outro... e outro...
at� que definitivamente a aldeia voltou ao normal.
MORAL DA HIST�RIA:
Nunca devemos fazer as coisas pensando em receber em troca.
Mas devemos fazer sempre.
Lembrar que um amigo existe � muito importante.
Muito mais importante do que cobrar
dos outros que se lembrem de voc�,
pois assim, voc� estar� querendo acumular amizades
sem fazer o seu papel de amigo.
Receber CARINHO � muito bom.
E o simples gesto de lembrar que um amigo existe
� a forma mais simples de faz�-lo.
Autoria Desconhecida