Porque choras,Fileno?Enxuga o pranto
Que rega teu semblante,onde a amizade
De seus dedos gravou o terno toque.
Ah!n�o queira cortar minha esperan�a,
E de dor embeber minha alegria.
Tu cuidas que a m�o fria
Da morte , congelando os frouxos membros
Nos abismos do nada inescrut�veis
Vai de todo afogar minha exist�ncia?
� outro o meu destino,outra a promessa
Do esp�rito que em mim vive e me anima.
A horrenda sepultura
Conter n�o pode a luz brilhante e pura,
Que soberana rege o corpo inerte...
N�o descobres em ti um sentimento
Sublime e grandioso, que parece
Tua vida estender alem da morte?
Atesta...escuta bem...Olha...examina...
Em ti deve existir:eu n�o te engano...
Tu me dizes que existe...Ah! meu Fileno
Como � doce a lembran�a
Dessa vida imortal em que,banhado
De inef�vel prazer,o justo gosa
Do seu Deus a presen�a majestosa!
Desperta,� morte:
Que me detem?
Teu cruel bra�o
Esfor�a e vem.
Vem,por piedade,
J� transpassar-me
E avizinhar-me
Do Sumo Bem
Autor: Sousa Caldas
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