LOUCURA
OU
ILUS�O?
Um dia, por curiosidade,
Entrei numa sala de bate papo.
Aquela quantidade de gente teclando.
Eu me encantava com tudo.
Achava que ali todos tinham ideais, pensamentos,
Comportamento semelhante ao meu.
Grande ilus�o!
Percebi com rar�ssimas exce��es,
Que a mentira e a pervers�o faziam parte
Daquele mundo virtual.
Um ambiente onde n�o se v� rostos,
N�o se v� cora��o, mas sente se
A alma das pessoas.
Ali conhecemos as pessoas em seu interior.
Onde verificamos frustra��es, recalques,
Inveja, Cobi�a e disc�rdia entre muitos.
N�o importando se s�o jovens ou idosos.
Nem a classe social ou mesmo a cultura.
Lugar de criaturas tristes, alegres,
Ciumentas, liberais, que se amam ou se odeiam,
Na mesma intensidade, a quem n�o v�em,
A quem n�o conhecem.
Onde a sinceridade parece brinquedo.
Como coisa inexistente nos dias hoje.
Coisa do passado.
S�o anjos solit�rios buscando alento.
N�o sabendo quem est� do outro lado.
Num lugar onde uma for�a estranha
Penetra na gente, como doen�a contagiosa,
N�o importando qu�o seguro e real sejamos.
E assim os olhos v�o lendo e percebendo
Emo��es jamais sentidas na realidade
Ou fosse capaz de saber existir.
Coisas am�veis, engra�adas, chocantes,
Ofensoras, acalentadoras e at� intrigantes.
Carinho, amizade, preocupa��es e prazeres.
N�o sabemos com quem estamos teclando.
Do outro lado algu�m com a uma m�scara
Mudando totalmente sua personalidade
Ou colando ali sua pr�pria face.
Que no real tenta e muitas vezes,
N�o consegue sequer esconder.
Pessoas que nem precisam pensar pra teclar
Colocando tudo o que lhes vem � cabe�a,
Sem no m�nimo sensibilizar que do outro lado
Existe algu�m que � verdadeiramente real
E que talvez precise de um amigo.
Dentro de cada ser real, pulsa um cora��o,
Com sentimentos de alegrias ou tristezas,
Amores ou desamores, fraqueza ou fortaleza,
Mas que, sobretudo, podem ser amigos,
Ou querer uma verdadeira amizade.
Pense nisso!
Maria do Carmo
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