DOR
Essa coisa que aloja em meu peito,
Trazendo um peso em minha alma.
Sensa��o desagrad�vel, aspecto revelador
Do resultado de m�goa, afli��o, desgosto,
Amargura, tristeza e, sobretudo, o pesar.
S�o lamentos pungentes e tristes,
Tenebrante at�, que me d� a sensa��o
Que me lancina e me faz sentir fisgadas,
Como se estivesse sendo golpeada
Com uma ferramenta que produz
Uma perfura��o dentro d�alma.
Uma dor surda nem t�o forte, t�o aguda.
Uma dor cansada e que n�o � muda.
Tem a voz de um lamento f�nebre,
Expressa por suspiros amargurados
Vindo c� do fundo, do �mago.
Os fatores que me causaram dor fulgurante
T�o intensa e r�pida, originaram brutal afli��o.
Num padecimento f�sico me trazendo tormento
Como uma terr�vel tortura em agonia, l�stima,
Num queixume l�gubre mostrando em desatino,
A impot�ncia e a mis�ria humana.
Os infort�nios da vida que trouxeram pesar,
M�goa e tristeza, fazendo amargar a exist�ncia,
Causando me ansiedade, inquieta��o e preocupa��o,
Tiveram como resultado uma grande dor.
Tudo no seu tempo passa.
At� os tormentos da dor mais intensa.
� preciso que n�o supervalorizemos
Os momentos de imensa dor.
Senti-los e viv�-los sim,
Pois nessa hora ele existe e � real.
Mas depois devemos ter coragem
Para levantar e prosseguir a viagem.
Se n�o podemos enxugar as l�grimas
Procuremos enxergar al�m delas.
E lembrarmos com toda a certeza
Que nada nos � dado sem termos a for�a de receber.
E assim, encarar a nossas pr�prias verdades.
S� dessa forma conseguiremos fazer de nossa dor
Um preparo para receber as alegrias do futuro.
Maria do Carmo