Procurava por a� a chave que abre a porta existente entre n�s, e quando me dei conta que ela estava perdida, notei tamb�m que a noite se antecipou, ainda eram quatro e meia da tarde, e a escurid�o tomava conta da cidade, faltava luz, como quando descobri que suas promessas, na verdade, eram palavras vagas de um cara que n�o sabe terminar o que come�a, mesmo assim, manter a esperan�a, era primordial a mim, nunca deixei de ter esperan�a em nenhuma circunst�ncia, o desisto, � s� a esperan�a, cansada de esperar, de esperar que voc� ligue as luzes, chame o sol, pinte o c�u de azul com giz pastel. Mas flecha lan�ada, n�o volta mais, acerte ela um cora��o de pedra ou um de manteiga, o amor que existe por voc�, me instiga al�m da mat�ria por�m guarda-lo � melhor, n�o me pergunte o porque os enredos n�o s�o mais t�o bonitos, est� tudo descolorindo, e francamente, a falta disso me corroi.
Nada ir� fazer voc� deixar de ser o meu amor, mesmo que voc� n�o queira, farei das palavras que nos separou, um meio pra nos unir, e-mails, cartas, sms... algo h� de construir esse amor, seja palavra ou sil�ncio, perante ao tempo, esse pulsar � imortal, e nem frente ao medo e a ang�stia, voc� se torna indiferente. Eu caminho sobre cacos de vidro, em uma ressaca que nunca passa, j� desisti da luta, ergui as m�os para o c�u, esperando um abra�o, voc� pra mim j� n�o � problema meu, me sufoca existir tanto de voc� em mim, e pouco de voc� comigo, se � que voc� entende, � hora de me devolver a chave, me deixar entrar lentamente, sem se arrepender, porque lhe darei sorrisos, e o seu mundo ficar� bem maior, junto ao meu.
"...Jogue suas m�os para o c�u,e agrade�a se acaso tiver, algu�m que voc� gostaria que, estivesse sempre com voc�..."