Ela: Porque voc� s� vive pelos cantos?
Ele: Eu n�o sei, eu gosto.
Ela: Voc� gosta de ficar sozinho?
Ele: N�o, pra falar a verdade eu n�o gosto, � a �nica op��o.
Ela: Como assim �nica op��o, voc� tem piolhos, pra n�o se aproximar das pessoas?
Ele: N�o, claro que n�o! (risadas abafadas) � que eu acostumei a ser sozinho, n�o me envolver com amigos, com ningu�m.
Ela: Mas porque?
Ele: Tenho medo, j� me decepcionei uma vez.
Ela: Medo de que?
Ele: De ser novamente abandonado, e descobrir que era tudo uma mentira, de chorar novamente, ter que parar minha vida pra d� lugar a tristeza, enfim... coisas ruins! Esquece!
Ela: N�o eu n�o vou esquecer. Voc� n�o pode parar na primeira decep��o, tem que seguir, e se for pra quebrar a cara, quebre, aprenda, chore, sofra, porque com cada queda, tu vai aprendendo a renovar suas for�as, n�o pode se entregar assim t�o f�cil.
Ele: Obrigado, voc� pode est� certa! Mas eu tenho um outro medo.
Ela: Diz, talvez eu tenha novas palavras pra te consolar.
Ele: De amar algu�m e n�o ser correspondido... (sil�ncio)
Ela: Mas porque voc� que n�o tenta expressar seus sentimentos, falar, dizer o que realmente sente?!
Ele: � verdade. Eu estou apaixonado por voc�, desde o primeiro dia em que te vi.
Ela: (sil�ncio)