CAN��O DO MAR
Atravessei as �guas,de Aqueronte.
Fiquei farto,de remar e rimar.
Peguei o remo,corri mundo,de aldeia em aldeia.
Buscava uma gente,que n�o fizesse id�ia,
daquele remo diligente.
Criei feridas nos ombros.
Bolhas nos p�s.
Perguntando a deambular.
- O que � isto ?
- E' um remo.
E,novamente, caminhar.
Peregrino do remo.
Tenebrosa ferida.
Cheguei a Atl�ntica,submersa, escondida.
Disse � musa transparente.
- Sabes o que isto ?
- E' ala�de de tocar.
- E' de remar ?
- N�o...de rimar.
Sem saber chorar,com bolhas nas m�os,
toquei no remo,a can��o do mar.
Don Ant�nio Maragno Lacerda
(Olhando o Mar - forfun)