Escravos das Recorda��es

Sinto vontade de gritar, como se eu [censurado]xml:namespace prefix = o />[censurado]xml:namespace prefix = o />

pudesse, sem os ouvidos ferir.
Vontade de partir, como, se eu

soubesse, se tivesse sequer onde ir.
De ir, de sair, as asas domando as

for�as do vento e pronto!
Pronto a enfrentar o infinito, t�o

distante, t�o pr�ximo, a teu encontro!

As ondas do tempo, envolventes,

a varrer, desta vida, as areias,

apagando marcas frescas, passadas,

da nossa hist�ria recente,
ora delicadas vagas, serenas,

sincopadas ao bater destas asas,
ora altaneiras, borrascosas,

num turbilh�o a nos confundir a mente.

Como explicar a for�a, que nos anima,

nos faz seguir adiante,
quando, em verdade, temos consci�ncia

do ontem, presente,
em vis�es, reais como o zunir do vento

em nossos ouvidos.

Escravos das recorda��es, pe�as pregadas

em nossos sentidos,
a reviver, sempre e sempre, calafrios,

t�o reais quanto o agora,
sentimentos t�o ciosamente guardados,

ecos saudosos de outrora.

Golden