CHORO A AUS�NCIA DE LA�OS
Choro todo amor, que n�o amei...Choro todo riso, que n�o ri...
Choro a alegria que n�o senti, ou se senti n�o mostrei..
Choro, enfim todo amor que s� soube dar pelo avesso!
Luzes que em mim mesma apaguei! E essa dor se demora...demora...
roda, rela, rala nos cristais gelados, que me formei na alma
nas vezes que chorei para dentro o que deveria ter chorado para fora!
Choro o conforto, que n�o dei Choro a car�cia , que n�o troquei.
Choro o aux�lio, que n�o prestei. Choro a flor, que pisei.
Choro a m�o, que n�o apertei....Choro a amizade, que n�o quis.
Choro a prece, que n�o fiz.
Choro a flor, que n�o ofertei (aquela mesma que pisei)
No rosto j� h� caminhos para as l�grimas e qualquer um pode ver que sofri, a perda de momentos, do riso que n�o ri
por tudo que me neguei!
Foi longo o caminho para sair desse labirinto
e reconhecer esse medo: -de la�os!
Enfrento, agora, a vida e n�o mais minto para mim!
Que hoje!... hoje... essa aus�ncia de la�os
precisa tanto de abra�os!!
Maria Mercedes Paiva