O dia amanheceu.
A manh� me acordou.
Tudo parece no mesmo lugar:
Paredes, portas e janelas.
Por�m, l�...do outro lado,
As m�os do tempo me acenam
E eu aceito o convite.
E, saio a caminhar com o tempo,
De m�os dadas.
J� houve �pocas que eu, sonolenta e cansada,
Era carregada nos bra�os das horas
E adormecia minha alma triste
No colo desse mesmo tempo...
Incans�vel, ele me mostrava as raz�es
De n�o deixar nada passar despercebido...
Mas, meu cansa�o espiritual fazia-me cega,
Insens�vel e covarde.
At� que o tempo me apontou uma folha
Amarelada indo embora, sem dire��o,
Nas asas do vento;
Colocou em minhas m�os um punhado de areia
Que come�ou a escorregar por entre os meus dedos.
E, o tempo me mostrou que aquela folha cansada
N�o mais voltaria para junto da �rvore que a sustentava.
Pediu-me para eu abrir a m�o vazia
E afirmou que a areia que eu segurava com tanta firmeza
Havia, naturalmente, se misturado ao vento
E se perdeu, ... e se foi das minhas m�os...
Compreendi, ent�o, que se eu adormecer
No colo do tempo,
Serei como aquele punhado de areia
Que entre os dedos da vida se perdeu no vento,
No mesmo vento que levou para o lugar do sempre
A folha seca e amarelada da �rvore da felicidade...
(Reflex�o de Val - 12/05/2008)
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