Maquiavel come�a o livro com uma dedicat�ria ao "magn�fico Louren�o de M�dici", oferecendo-lhe o livro e as faculdades de sabedoria que, a Maquiavel, venho a conhecer em anos e com inc�modos perigos. Originalmente Maquiavel intencionava dedicar o livro a Giuliano de Medici, filho de Lorenzo I de Medici, o Magnificiente e duque de Nemours, que morreu em 1516 (conforme carta de Maquiavel ao amigo Francesco Vettori, de 10 de dezembro de 1513).
Do cap�tulo 1 ao 14, descreve as formas de poder e os dois principais tipos de governo: as monarquias e as rep�blicas.
No cap�tulo 15, Maquiavel escreve sobre como um pr�ncipe deve proceder ante seus s�ditos e amigos, explicando que para manter-se adorado � necess�rio que o l�der saiba utilizar os v�cios e das virtudes necess�rias, fazendo o que for poss�vel para garantir a seguran�a e o bem-estar.
No cap�tulo 16 � explicado ao pr�ncipe como cuidar de suas finan�as, para n�o ser visto como gastador, e levar o povo � pobreza, cobrando muitos impostos para manter-se rico. O autor diz que o melhor � ser visto como miser�vel, pois com este julgamento ele poder� ser generoso quando bem entender, e o povo ir� se acostumar com isso. Os pr�ncipes que v�o junto ao ex�rcito atacar e saquear outras cidades devem ser generosos com seus soldados, para que esses continuem sendo fi�is e motivados.
No cap�tulo 17, defende que � melhor um pr�ncipe ser temido do que amado, mostrando que as amizades feitas quando se est� bem, nada dura quando se faz necess�rio, sendo que o temor de uma puni��o faz os homens pensarem duas vezes antes de trair seus l�deres. Diz tamb�m que a morte de um bandido apenas faz mal a ele mesmo, enquanto a sua pris�o ou o seu perd�o faz mal a toda a comunidade. O l�der deve ser cruel quanto as penas com as pessoas, mas nunca no car�ter material "as pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai, do que a perda da heran�a".
No cap�tulo 18, Maquiavel argumenta que o governante deve ser dissimulado quando � necess�rio, por�m nunca deixando transparecer sua dissimula��o. N�o � necess�rio, a um pr�ncipe, possuir todas as qualidades, mas � preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, �ntegro e religioso j� que �s vezes � necess�rio agir em contr�rio a essas virtudes, por�m � necess�rio que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.
No cap�tulo 19, o autor defende que o pr�ncipe fa�a coisas para n�o ser odiado, como n�o confiscar propriedades, n�o demonstrar avidez ou desinteresse.
Do cap�tulo 20 ao 23, explica como o l�der deve controlar e o que deve fazer para manter seu povo feliz, mantendo dist�ncia dos bajuladores, e controlando seus secret�rios.
No cap�tulo 24 explica porque os pr�ncipes italianos perderam seus Estados e como fazer para que isso n�o aconte�a. Quando se � atacado, deve-se estar preparado para defender e nunca se deve "cair apenas por acreditar encontrar quem te levante" j� que isso s� ir� acontecer se os invasores forem falhos.
Nos �ltimos cap�tulos explica como tomar a It�lia e como se manter na linha entre a fortuna e Deus dizendo que os l�deres devem adaptar-se ao tempo em que vivem, para manter-se no poder por mais tempo.
O livro retrata a experi�ncia de Maquiavel em analisar as estruturas de um governo, oferecendo ao Pr�ncipe Lorenzo de M�dici uma forma de manter-se permanentemente no poder, sem ser odiado por seu povo.