Nossa trucul�ncia Sєjαм Bєм-Viηdσs!!!
Quando penso na alegria voraz
com que comemos galinha ao molho pardo,
dou-me conta de nossa trucul�ncia.
Eu, que seria incapaz de matar uma galinha,
tanto gosto delas vivas
mexendo o pesco�o feio
e procurando minhocas.
Dever�amos n�o com�-las e ao seu sangue?
Nunca.
N�s somos canibais,
� preciso n�o esquecer.
E respeitar a viol�ncia que temos.
E, quem sabe, n�o com�ssemos a galinha ao molho pardo,
comer�amos gente com seu sangue.
Minha falta de coragem de matar uma galinha
e no entanto com�-la morta
me confunde, espanta-me,
mas aceito.
A nossa vida � truculenta:
nasce-se com sangue
e com sangue corta-se a uni�o
que � o cord�o umbilical.
E quantos morrem com sangue.
� preciso acreditar no sangue
como parte de nossa vida.
A trucul�ncia.
� amor tamb�m.
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