S E R � ?
Florbela, eras Poeta ou uma Adivinha?
Como � que conseguiste a tempo tanto,
Com rimas, com lirismo e com encanto
Trazer em seus sonetos coisas minhas?
Que dom sagrado este que t� tinhas?
De marear os olhos, quase pranto
Quando descubro ali, cheio de espanto
Minha vida toda escrita em suas linhas?
O amor que tanto quis e nunca veio,
O mundo como vejo, como creio
Meus medos, minha vida fracassada...
Florbela, t� escreveste tudo, tudo
Que as vezes, eu l� bem fundo me iludo...
...Quem sabe eu sou voce reencarnada?
Jenario de F�tima
- Bras�lia 06/10/06 -
Direitos Autorais protegidos
pela Lei 9.610 de 19/02/98.
AFINIDADES
( Para a poetisa Florbela Espanca )
Eras a flor... de todas a mais bela!
A poetisa sem sorte e em tua dor,
Viveste toda uma vida sem amor.
Triste e bela, teu nome era Florbela!
Mostraste ao mundo a tua solid�o.
Tua m�goa, em l�grimas naufragava.
Teus sonetos, com lirismo encantava.
S� tu sabias como sofria teu cora��o.
Em tua alma de p�ssaro encantado,
Vejo muito do que sinto, me espanta
Coisas minhas escritas em tuas linhas.
O amor por ti almejado e sonhado
Em versos declamado me encanta.
- Que afinidades comigo tu tinhas!
�Verluci Almeida
08-04-2007
Direitos Autorais protegidos
pela Lei 9.610 de 19/02/98.