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OS TRES MACACOS S�BIOS: MIZARU, KIKAZARU e IWAZARU


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VERLUCI ALMEIDA - POESIAS
VERLUCI ALMEIDA - POESIAS



FA�A COMO OS TRES MACAQUINHOS:
"see no evil, hear no evil, speak no evil"
" n�o veja, n�o fale e n�o ou�a o MAL "

SanBeiZ� - OS TR�S MACACOS S�BIOS -
Sua origem � baseada em um trocadilho japon�s.
" Mizaru - Kikazaru - Iwazaru "

Seus nomes s�o
MIZARU (o que cobre os olhos)
KIKAZARU (o que tapa os ouvidos)
e IWAZARU (o que tapa a boca),

que � traduzido como "n�o ou�a o mal,
n�o fale o mal e n�o veja o mal."

A palavra SARU, em japon�s, significa macaco
e tem o mesmo som da termina��o verbal ZARU,
que est� ligado � nega��o.

� uma forma de lembrar que,
se os homens n�o olhassem,
n�o ouvissem e n�o falassem o mal alheio,
ter�amos um mundo mais pac�fico
onde reinaria a paz e a harmonia.



Ao meu ver, OS TR�S MACACOS correm
atr�s da evolu��o, tentando ver, ouvir
e pensar as coisas de formas diferentes,
para poder dizer algo relevante em benef�cio
de todos, tentando melhorar nosso cotidiano.

Se voce for uma pessoa inteligente,
fa�a o mesmo e ser� bem mais feliz!





O POEMA
(Andr� Lu�s Soares)

Um bom poema incomoda,
desperta amor ou inveja
e o leitor, ent�o, deseja
ter sido o autor dos versos;
nesse jogo t�o complexo
o poema � uma tortura
queima, ferra, fere, fura
o pensamento alienado
de quem vive feito gado
lerdo, a deixar-se levar
sem que se fa�am valer
seu gosto e vontade pr�pria,
sempre a acreditar
nessa besteira de p�tria,
sem questionar os dogmas,
fechando os olhos ao novo,
fl�cido pasto de corvos,
carne � espera da morte.
Um bom poema � forte,
ofende a honra da corte
desvirtuando a gram�tica
que com mil normas est�ticas
aprisiona as palavras;
nessa trama t�o difusa
o bom poema abusa
do direito ao livre-arb�trio
e oferece ao sacrif�cio
a estrutura vigente
do velho alicerce da mente
que n�o se arrisca a pensar;
e no que perverte o mundo
da verdade estabelecida
em todas as horas do dia
um bom poema � o heroico
saltimbanco vagabundo
irm�o da filosofia.
Martelada sobre os dedos,
imensa dor de cabe�a,
ang�stia a escapar da boca
na for�a do grito de raiva...
um bom poema provoca
desassossego na alma.

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