IN MEMORIAN
[Para meu cunhado
Gabriel Henrique Barros]
Ao soar as horas noturnas,
Assusto-me com o som do carrilh�o.
No p�ndulo impertub�vel,
vejo minha exist�ncia esvair-se
num ritmo constante, mon�tono.
Escoam-se os segundos, os minutos...
Mais uma madrugada que se anuncia insone.
A lua testemunha o sil�ncio das cigarras
enquanto lembran�as ressurgem
ao som do melanc�lico blues.
As estrelas sorriem piscando para mim,
talvez para afugentar esta tristeza infinda.
Das �rvores, as folhas ca�ram.
Em revoada, os p�ssaros partiram.
- N�o mais verei teu lindo sorriso!
Verluci Almeida
A morte � uma continua��o, para al�m das
sombras, estende-se o brilho da eternidade.
A morte � uma mudan�a de vestimenta,
pois a alma que estava vestida de sombra,
vai ser vestida de luz.
(Victor Hugo)
Para voce, meu querido cunhado sua m�sica
preferida com a qual um amigo violeiro fez
sua despedida na hora de seu vel�rio.
Um gesto estranho a princ�pio, mas que comoveu
a todos e muito me emocionou. Sempre que ouvir
esta musica, sentirei sua presen�a entre n�s!
TOCANDO EM FRENTE
"Ando devagar porque j� tive pressa
E levo esse sorriso porque j� chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
S� levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas e as manh�s,
O sabor das massas e das ma��s,
� preciso amor pra poder pulsar,
� preciso paz pra poder sorrir,
� preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manh�s,
O sabor das massas e das ma��s,
� preciso amor pra poder pulsar,
� preciso paz pra poder sorrir,
� preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de n�s comp�e a sua hist�ria
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas e as manh�s
O sabor das massas e das ma��s
� preciso amor pra poder pulsar,
� preciso paz pra poder sorrir,
� preciso a chuva para florir
Ando devagar porque j� tive pressa
E levo esse sorriso porque j� chorei demais
Cada um de n�s comp�e a sua hist�ria,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas e as manh�s,
O sabor das massas e das ma��s,
� preciso amor pra poder pulsar,
� preciso paz pra poder sorrir,
� preciso a chuva para florir..."
Ora��o de Santo Agostinho
A morte n�o � nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu �s tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.
D�-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
N�o mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma �nfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cord�o de uni�o n�o se quebrou.
Porque eu estaria fora de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista ?
N�o estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
J� ver�s, tudo est� bem.
Redescobrir�s o meu cora��o,
e nele redescobrir�s a ternura mais pura.
Seca tuas l�grimas e se me amas,
n�o chores mais.
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