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linfomas de Hodgkin t�m chance de cura de aproximadamente 75%
O c�ncer no sistema linf�tico � uma doen�a que ataca os g�nglios linf�ticos e est� cada vez mais comum em pa�ses desenvolvidos. Segundo dados do Instituto Nacional de C�ncer (INCA), a cada ano aproximadamente 10 mil novos casos de linfomas n�o-Hodgkin s�o registrados no Brasil. O caso mais recente e conhecido de diagn�stico da doen�a � o ator Reynaldo Gianecchini, que receber� tratamento com quimioterapia.

"Esse tipo de linfoma tem dezenas de subtipos, mas muitas pessoas nem sabem que ele existe. Por isso, � sempre bom deixar algumas informa��es para quem quer saber mais sobre essa doen�a ainda pouco discutida", diz a hematologista Jane de Almeida Dobbin, chefe do Servi�o de Hematologia do Instituto Nacional do C�ncer. Esclare�a nove d�vidas sobre o linfoma do tipo n�o-Hodgkin:

Qual � a diferen�a entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma n�o-Hodgkin?

"A �nica diferen�a entre esses dois tipos de linfomas � que o de Hodgkin apresenta c�lulas reed-sternberg, enquanto o segundo caso n�o. Parece pouco, mas essa pequena diferen�a muda drasticamente o tipo de tratamento a ser usado no paciente", diz a hematologista Jane de Almeida Dobbin chefe do Servi�o de Hematologia do Instituto Nacional do C�ncer.


Quais os lugares do corpo ele pode aparecer?

Os linfomas n�o-Hodgkin podem aparecer em qualquer �rea do corpo que tenha linfonodos, como por exemplo pesco�o, axila, virilha e abd�men. "Na maioria das vezes, o paciente percebe que alguma coisa est� errada quando uma dessas �reas fica inchada sem motivo", explica Jane Dobbin.

"Em casos mais agressivos, o g�nglio pode crescer e causar uma compress�o ou obstru��o das art�rias e veias. No caso do pesco�o, isso acaba prejudicando o transporte de nutrientes ao c�rebro", conta.

Existem fatores de risco?

Segundo a especialista, 90% dos casos de linfomas s�o diagnosticados sem saber a causa. "Os casos de linfomas n�o-Hodgkin em pa�ses desenvolvidos est�o crescendo cerca de 3% anualmente. Mas n�o se sabe ao certo por qu�", diz a hematologista.

Alguns casos dessa doen�a s�o relacionados ao contato com pesticidas, herbicidas e produtos derivados do benzeno, uma subst�ncia t�xica que est� relacionada a v�rios outros tipos de c�ncer. Al�m disso, ela tamb�m pode ser causado por bact�rias ou v�rus, como o HIV.

"QUando o linfoma � mais agressivo as chances de cura s�o maiores. Nos casos em que as chances chegam perto de zero, a sobrevida dos pacientes pode ser de v�rias d�cadas de vida e praticamente n�o h� sintomas no diagn�stico"
Quem tem casos na fam�lia precisa se preocupar?

De acordo com a hematologista Jane Dobbin, esse tipo de linfoma n�o � heredit�rio. � bastante dif�cil, mas n�o imposs�vel, encontrar duas pessoas na mesma fam�lia que sofreram com a doen�a.

Quem sofre mais: homens ou mulheres?

Nos casos de linfoma, o sexo n�o influencia tanto as chances da doen�a como as chances de cura. "Como 90% s�o causas desconhecidas, � imposs�vel fazer qualquer rela��o com o g�nero masculino ou feminino", esclarece a hematologista.

A alimenta��o influencia a forma��o de linfomas N�o-Hodgkin?

De acordo com a especialista, n�o h� ind�cios de alimentos espec�ficos que causem ou previnam diretamente a forma��o de linfomas N�o-Hodgkin. No entanto, assim como em outras formas de c�ncer, dietas ricas em verduras e frutas podem ter efeito protetor contra o desenvolvimento de linfomas.


Como � feito e quanto dura o tratamento?

Como h� uma variedade grande de tipos de linfomas n�o- Hodgkin, o tratamento pode variar. Pode ser feita quimioterapia, radioterapia e imunoterapia de maneiras isoladas ou, em alguns casos, de maneira combinada. Nos casos de linfomas indolentes, muitas vezes, � preciso apenas o acompanhamento m�dico, que dura at� o fim da vida do paciente.

N�o existe tempo certo para o tratamento, j� que isso depende do quadro em que est� o paciente e do tipo de linfoma.

Quais s�o as chances de cura?

Enquanto os linfomas de Hodgkin t�m chance de cura de aproximadamente 75%, o grande n�mero de tipos de linfomas N�o-Hodgkin faz com que as chances de cura varie muito. "Al�m disso, as chances de cura variam de acordo com alguns outros fatores, como idade, anemia e quantidade de linfonodos afetados, que s�o espec�ficos para cada paciente", explica a hematologista.

As chances de cura podem variar de zero, quando o linfoma � indolente, at� aproximadamente 90%, quando ele � classificado como agressivo.

"Quando o linfoma � agressivo as chances de cura s�o maiores. Nos casos em que as chances chegam perto de zero, a sobrevida dos pacientes pode ser de v�rias d�cadas de vida e praticamente n�o h� sintomas na �poca do diagn�stico", diz Jane Dobbin.

Existem cuidados que devem ser tomados durante o tratamento?

Como o tratamento com quimioterapia e radioterapia acaba diminuindo a imunidade do corpo dos pacientes, � preciso evitar alguns tipos de alimentos que podem causar intoxica��o alimentar. "Alimentos crus devem ser evitados, j� que t�m maiores chances de conter bact�rias. Atividades que aumentam as chances de cortes ou ferimentos tamb�m devem ser evitadas", alerta Jane Dobbin.

Alimentos pesados tamb�m podem aumentar um efeito colateral da quimioterapia: as n�useas. "Mesmo que hoje contemos com um arsenal de terapias qu�micas que amenizam sintomas como n�usea e tontura, alimentos pesados, por demorar a serem digeridos, podem deixar os pacientes desconfort�veis", diz a hematologista Jane de Almeida Dobbin chefe do Servi�o de Hematologia do Instituto Nacional do C�ncer.


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