Hamlet
N�o sei que estranha dor meu peito dilacera,
Que esquisito negror meu esp�rito ensombra!
Tenho sorrisos de anjo e arreganhos de fera,
Sinto chamas de inferno e frescuras de alfombra!
Sou malvado e sou bom! Minh'alma ora � sincera,
Ora de ser traidora ela pr�pria se assombra!
Que clamores de inverno e paz de primavera!...
Escarne�o da morte e temo a minha sombra!
Nervo a nervo, a vibrar, misteriosa e vaga,
Anda-me o corpo todo a nevrose de um t�dio,
Que dos p�s � cabe�a atrozmente me alaga ...
Onde um recurso ao mal que me banha e transborda?
Minha dor � sem fim! Eu s� tenho um rem�dio:
O suic�dio - uma bala.:. um punhal... uma corda!...