Um Dia...

Um dia, os homens v�o perceber...
Eles v�o perceber que o mundo s� est� desse jeito,
por causa da busca pela perfei��o...
Busca que causa guerras, disputas e mortes...
Busca de pessoas sem sorte...

Mas, um dia, os homens v�o perceber...
Perceber que um mundo perfeito seria sem gra�a...
Que pessoas perfeitas seriam desnecess�rias...
Por que se tudo fosse perfeito a ESPERAN�A deixaria de existir...

Por isso, um dia, os homens v�o entender...
Entender que Deus � o �nico perfeito, pois criou tudo e sabe tudo...
E que se n�s fossemos perfeitos e soub�ssemos tudo...
Qual seria a gra�a de viver...

Com certeza, um dia os homens t�m que entender...
Que se todos fossem perfeitos, n�o precisariam mais um dos outros...
N�o teriam mais o que esperar da vida...
N�o teriam vontade de viver...

E ent�o, um dia, os homens v�o querer...
Deixar de lado a busca pela perfei��o humana,
sem deixar a busca pelo conhecimento...
Para, a partir deste dia, todos come�arem a viver como irm�os...

Assim, um dia, os homens v�o descobrir...
Descobrir que � a esperan�a que move o mundo...
Que a AMIZADE impulsiona as pessoas...
E que a perfei��o serve apenas para Deus...

Que nos deu sua esperan�a, pois n�o precisa dela,
j� que Ele sabe tudo...
E que apesar de n�o precisar de ningu�m,
quer a nossa AMIZADE e o nosso AMOR...

E ent�o um dia, o homens v�o querer...
Querer viver como eternos amigos, com suas qualidades e defeitos,
para sempre aprender e ensinar com seu atos...
Viver como ETERNOS e VERDADEIROS IRM�OS,
pois estes sabem o significado de uma verdadeira amizade...

E, um dia, os homens, as mulheres e todos os seres viventes
v�o ter a PAZ que tanto buscam...
Uma paz que n�o vem da perfei��o humana,
mas sim do AMOR DIVINO, o qual deve
existir entre pais e filhos, entre os amigos e entre os irm�os...

E nesse dia todas as pessoas v�o se abra�ar sem nenhum tipo de distin��o,
sabendo o verdadeiro valor da AMIZADE,
a verdadeira import�ncia da ESPERAN�A
e o verdadeiro significado da frase:
"EU TE AMO"

Um dia, os homens v�o perceber...
Um dia, os homens v�o entender...
Um dia, os homens v�o descobrir...
Um dia, os homens v�o querer...

Fernando Patini Szmyhiel




Boa semana...


Viver

Definitivo, como tudo o que � simples.
Nossa dor n�o adv�m das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas
E n�o se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente n�o sofrer,
Apenas agradecer por termos conhecido
Uma pessoa t�o bacana,
Que gerou em n�s um sentimento intenso
E que nos fez companhia por um tempo razo�vel,
um tempo feliz.

Sofremos por qu�?
Porque automaticamente esquecemos
O que foi desfrutado e passamos a sofrer
Pelas nossas proje��es irrealizadas,
Por todas as cidades que gostar�amos
De ter conhecido ao lado do nosso amor
E n�o conhecemos,
Por todos os filhos que
Gostar�amos de ter tido junto e n�o tivemos,
Por todos os shows e livros e sil�ncios
Que gostar�amos de ter compartilhado,
E n�o compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.

Sofremos n�o porque
nosso trabalho � desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.

Sofremos n�o porque nossa m�e
� impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poder�amos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas ang�stias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.

Sofremos n�o porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos n�o porque envelhecemos,
mas porque o futuro est� sendo
confiscado de n�s,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconte�am,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que n�o foi vivido?
A resposta � simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo,
mais me conven�o de que o
desperd�cio da vida
est� no amor que n�o damos,
nas for�as que n�o usamos,
na prud�ncia ego�sta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos tamb�m a felicidade.

A dor � inevit�vel.
O sofrimento � opcional.
F� � colocar seu sonho � prova!


Carlos Drummond de Andrade