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Como desenvolver um Ego forte de acordo com Sigmund Freud
� mar�o 17, 2019

Para moldar um Ego forte, Sigmund Freud evocou a necessidade de harmonizar o Id com o Superego, isto �, nossos desejos e obriga��es sociais. Ele tamb�m falou em superar a constante necessidade de ser amado.

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Um Ego forte, de acordo com as teorias de Sigmund Freud, � a entidade capaz de compreender suas pr�prias necessidades e, ao mesmo tempo, intuir os limites estabelecidos pela sociedade. Devemos, portanto, ser capazes de nos mover livremente, trazendo � luz repress�es internas e sabendo como nos movimentar em nossos ambientes di�rios para atuar com integridade e satisfa��o.

Poder�amos come�ar dizendo que muitos dos substratos que nutriram a psican�lise em seus dias n�o s�o mais v�lidos atualmente. Sem d�vidas ficaram para tr�s as ideias obsoletas sobre a inveja do p�nis ou a histeria feminina. No entanto, deve-se dizer que a psican�lise ainda � v�lida, combinada com outras t�cnicas para se adaptar aos tempos atuais.

O fogo sagrado iluminado pelo bruxo vienense (assim chamaram Freud por introduzir um tipo de terapia t�o inovadora quanto arriscada na �poca) continua em vigor, mas perdendo algo da ineg�vel fa�sca que tinha at� alguns anos atr�s. Assim, como revelam estudos como o realizado na Universidade de Link�ping, na Su�cia, o principal problema da psican�lise � o tempo de tratamento.

Este tipo de terapia exige sess�es quatro vezes por semana durante os meses ou anos que forem necess�rios. Hoje, algo assim requer um alto compromisso que nem sempre � f�cil de cumprir. A vida atual, t�o exigente e caracterizada pelo imediatismo, nem sempre se encaixa nesse esquema terap�utico de longo prazo. Assim, � mais comum o uso de abordagens e terapias curtas.

Sigmund Freud n�o aceitaria esse tipo de abordagem. Para ele, um dos principais objetivos do psicanalista deve ser sempre trabalhar o Ego do paciente. Fazer dessa for�a ps�quica uma entidade saud�vel e, assim, curar qualquer conflito que interfira na liberdade e no bem-estar da pessoa.

Algo assim leva tempo, um alto compromisso e um trabalho profundo.

�Ser completamente honesto consigo mesmo � um bom exerc�cio�.
-Sigmund Freud-
Um Ego forte em meio a for�as ps�quicas limitantes

Uma das obras mais interessantes de Sigmund Freud foi, sem d�vida, Da Neurologia � Psican�lise. Cabe destacar que � um livro inacabado. Freud estava no ex�lio devido � Segunda Guerra Mundial, j� era muito velho e sua sa�de n�o lhe permitiu terminar a que foi sua obra p�stuma e mais reveladora.

O livro foi uma s�ntese e, por sua vez, uma maneira de aprofundar suas teorias mais relevantes, como, por exemplo, o aparato ps�quico, a interpreta��o dos sonhos e a t�cnica psicanal�tica. Os aspectos mais not�veis foram as chaves com as quais ele delimitou ainda mais os conceitos de Id, Ego e Superego, que os especialistas chamaram de segundo t�pico freudiano.

Pela primeira vez, o famoso psicanalista vienense estava imerso no que ele definia como o �Ego forte� e a necessidade do ser humano de consolidar essa entidade em nossa arquitetura ps�quica. Agora, algo que o pr�prio Freud nos revela � o quanto � complicado para n�s desenvolver um senso do Ego mais saud�vel.

Estas seriam as raz�es pelas quais muitos de n�s n�o se sentem realizados, felizes ou livres.
Causas pelas quais n�o desenvolvemos um Ego forte

Em nosso interior coexistem duas for�as opostas. Por um lado, existe o Id, com suas necessidades b�sicas e elementares. De outro, o Superego, com aquela sociedade estrita que delimita nossos desejos, aspira��es, sonhos�

O Id, segundo Freud, sempre precisa de algo, sempre sente falta de alguma dimens�o n�o satisfeita� � inquieto, ansioso, n�o entende de passado ou de futuro, sua fome sempre se prolonga no momento presente.
O Superego, por outro lado, � uma entidade complexa que sempre nos obriga a adiar as coisas. Relega nossos sonhos, limita as liberdades, controla nosso comportamento� � a entidade social e cultural que nos molda e que age como uma for�a repressora do mesmo.
O �Ego� fica no meio de tudo isso. Nem sempre pode conciliar necessidades com obriga��es, sonhos e desejos com o molde que a sociedade define. Algo assim muitas vezes nos leva a n�o conseguir desenvolver um Ego forte, e mais, a nos sentirmos fragmentados e perdidos.
Como podemos desenvolver uma identidade forte, saud�vel e feliz?

No livro Da Neurologia � Psican�lise, Freud explica que h� uma s�rie de fatores que determinam o fato de n�o podermos desenvolver um Ego forte. S�o as seguintes causas:

Uma depend�ncia excessiva de nossos pais. O psicanalista vienense explicava que as crian�as levam cada vez mais tempo para amadurecer, adquirir compet�ncias em independ�ncia, resolu��o, iniciativa�
Ter vivido uma inf�ncia e adolesc�ncia marcada por normas, puni��es e educa��o rigorosa.
Ter crescido sem figuras afetivas e pr�ximas capazes de favorecer um desenvolvimento seguro e �timo.

Como vemos (e como esperado), Freud dava uma grande import�ncia ao per�odo da inf�ncia. No entanto, o que � realmente valioso nesta obra p�stuma s�o precisamente os conselhos que ele oferece para formar um Ego forte. Estas seriam as chaves:

Para formar um Ego forte n�o temos que lutar contra o nosso Id ou Superego.
Trata-se de alcan�ar um equil�brio adequado entre essas for�as: uma harmonia entre necessidades e obriga��es.
Para reconciliar essas energias, as dimens�es reprimidas devem ser trazidas � luz, tanto do Id quanto do Superego. Nesta tarefa, devem emergir necessidades ocultas, impulsos, ansiedades que n�o foram atendidas. Tamb�m dever�o ser vis�veis nossos medos da inf�ncia, traumas vividos, mem�rias que n�o processamos�
Freud fala, por sua vez, da necessidade de trabalhar nossa independ�ncia. Uma vez que todas essas dimens�es chegam ao exterior, somos obrigados a viver com elas de maneira madura.
� poss�vel que, durante uma parte de nossas vidas (de acordo com essa abordagem), tenhamos vivido sujeitos � ideia de que nunca fomos amados como merec�amos. � um desejo n�o realizado que nos persegue aonde quer que vamos. Uma maneira de criar um Ego forte � nos libertarmos dessa necessidade, porque toda necessidade cria submiss�o, aliena��o e doen�a.

Como vemos, muitas das ideias propostas por Freud no in�cio e em meados do s�culo XX ainda s�o �teis ou, pelo menos, dignas de algumas reflex�es. Fortalecer o Ego � uma tarefa na qual devemos trabalhar diariamente por praticamente toda a nossa vida. N�o abandonemos, portanto, este exerc�cio t�o saud�vel.



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