Doses de Ci�mes
O ci�me � um sentimento onipresente na humanidade.
Mas voc� j� ouviu falar nas tr�s grada��es de ci�me?
Ci�me � um sentimento onipresente na humanidade: em todas as ra�as, todos os sexos, em todas as �pocas.
Existe tr�s tipos conhecidos desse sentimento: o ci�me normal, o projetado e o delirante. Vamos falar um pouco sobre cada um deles.
No ci�me normal, a pessoa fica triste, tem sentimento de perda ou mesmo pensa ter perdido o ser amado, o que causa dor e sofrimento. A pessoa sofre uma ofensa ao seu narcisismo e sua auto-estima fica comprometida. Pode tamb�m se sentir respons�vel pelo rompimento, pela perda, tornando-se ainda mais deprimida. Essas situa��es podem ser reais e atuais, mas n�o s�o sempre racionais, porque muitas vezes t�m ra�zes em fases da inf�ncia.
No ci�me projetado, a caracter�stica � a infidelidade praticada por um dos parceiros ou o desejo de ser infiel. N�o podemos descartar que a fidelidade sempre estar� sujeita a tenta��es, press�es e cobran�as. As pessoas que tendem a projetar o ci�me sempre est�o negando seus desejos, suas dificuldades ou at� mesmo sua infidelidade. Quanto mais sentem essa press�o, mas suspeitam da fidelidade do amado, aliviando assim sua pr�pria consci�ncia.
A terceira grada��o � o ci�me delirante, classificado nas formas da paran�ia. � a grada��o mais forte, chegando a ser patol�gico, onde o ciumento transforma a rela��o dual em triangular, onde o amado passa a ser objeto de ressentimento, de frustra��es atuais ou do passado: torna-se a parte ruim da pessoa. O ciumento que se encaixa nessa grada��o se sente muito enganado, abandonado, e come�a a criar uma realidade cheia de hist�rias e mentiras. Passa a acreditar nessas hist�rias e come�a a contra-atacar, a reagir. As formas de contra-ataque podem ser das mais brandas at� as mais violentas. O ciumento vai envolvendo o amado nas suas hist�rias, confundindo-o, criando pseudoprovas (interpreta��es delirantes): �Estou sendo tra�do�.
Gostaria de apontar um caminho. Quando nos relacionamos amorosamente, dever�amos tamb�m fazer uma distribui��o dos nossos sentimentos e afetos em outras rela��es, como amizade, fam�lia etc. Pois, assim, o �outro� n�o se tornar� tudo para n�s. Pense nisso.
� Katia Cristina Horpaczky