Como corre a gazela
pela sombra dos bosques,
enlouquecida pelo pr�prio perfume,
assim corro eu, enlouquecido,
nesta noite do cora��o de maio
aquecida pela brisa do Sul.
Perdi o caminho
e erro ao acaso.
Quero o que n�o tenho,
e tenho o que n�o quero.
A imagem do meu pr�prio desejo
sai do meu cora��o
e, dan�ando diante de mim,
cintila uma e outra vez,
subitamente.
Quero agarr�-la, mas escapa-se.
E, j� longe, chama-me outra vez
do atalho ...
Quero o que n�o tenho
e tenho o que n�o quero.
Rabindranath Tagore, in "O Cora��o da Primavera"
Tradu��o de Manuel Sim�es
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