Procure-me, mas finja que n�o me viu.
Enquanto me finjo desconcentrada,
Converse com todos ao nosso lado,
Depois me cumprimente sem receio.
E sem jeito, conte sua piada,
Que mesmo sem gra�a, darei risada.
Conte-me contente sua visagem,
Que mesmo tola e exagerada,
Fingirei-me �bria e enredada.
E se te atrapalhares, cuidado!
Tropeces com timidez, mas n�o caia!
Acho fofo voc� envergonhado...
A�, chegue mais perto e se sente.
E depois, finalmente, seduza-me!
Esbarre sua m�o em mim sem querer.
No fulgor do meu rosto, se aproveite,
Por favor, adiante-se e me beije!
Provoque o toque e vamos daqui.
Nosso corpo e o tempo a pulsar!
Somos antulho, beija-flor, colibri...
Veja o liquor se transubstanciar
Em algo doce, quente e l�brico,
Pra voc� me irromper, me sublimar.
Sua m�o, sua boca que abismos,
Por onde despenco, deliro, explodo...
Ao final, de alegrias me fadigue.
E tonto se despe�a de mim louca,
E amanh�, outro dia, outra vez,
Vai saber, pode ser que voc� ligue...