Tudo ï¿½ inexplicï¿½vel e desconhecido, mergulhar nisto dï¿½ medo.

O sentimento guardado dentro dela havia explodido. Chorava , gritava , soluï¿½ava. Mas parecia nï¿½o aliviar nada. Saiu do quarto com os ombros vermelhos e o rosto inchado. Tomou um banho e as lï¿½grimas se misturavam as ï¿½guas do chuveiro quente. E vinham tantas coisas de dentro dela, tantas dores nunca reveladas, angï¿½stias que mantinha em segredo. Era muita coisa que guardava que nem ela mesma sabia. Saiu do banho com os olhos vermelhos e com as bochechas rosadas e com uma dor de cabeï¿½a que lhe causava tonturas. Olhou-se no espelho fechou os olhos respirou fundo e se acalmou. Aquela fï¿½ria toda havia ido embora, a serenidade tomava conta dela e a dor ia embora dando lugar a habitual tristeza que carregava junto de si. Tristeza que fazia bem, por mais irï¿½nico que isso seja