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ajur sp divulgador da arte naif brasileira
Biografia
Artista (pintor e escritor) autodidata, pintou o desbravamento e a implantação da agricultura na região noroeste do estado de São Paulo. Viveu a maior parte de sua vida na cidade de São José do Rio Preto onde existe um museu, fundado por ele próprio, com algumas de suas obras. É considerado um artista naif ou primitivo. Autor de livros, como o "Romance de minha vida", publicado em 1949, "Maria Clara" em 1970 e "Sou pintor, sou poeta" em 1981, Também gravou dois Long Plays em Vinil contando "causos" e falando sobre sua vida. Foi retratado em um curta-metragem dirigido por Carlos Augusto Calil " Quem não conhece o Silva?". Retratou em sua obra a transformação da mata em lavoura e a transformação de um paÃs agrário em urbano.[1]
Em 1931, José Antônio da Silva mudou-se para São José Do Rio Preto. Participou da exposição de inauguração da Casa de Cultura da cidade, em 1946, suas pinturas chamaram atenção dos crÃticos, Lourival Gomes Machado (1917-1967) Paulo Mendes de Almeida (1905-1986) e do filósofo João Cruz e Costa. A partir daà o autodidata de formação, que exerceu também atividades na lavoura até ser descoberto.
CaracterÃsticas de suas obras
As caracterÃsticas de suas primeiras obras são de cores mais frias e escuras, a partir de 1948, realiza paisagens de caráter mais lÃrico, empregando uma gama cromática mais viva e variada. Nesta época mostra influencia do artista Van Gogh, baseado no pontilhismo.
Apresenta em suas telas espaços amplos, abertos e temas ligados a vida no campo, como "o algodoal", "os cafezal" e o "boi no pasto", que acabam tornando-se sua produção mais conhecida. Como nota o crÃtico P.M. Bardi, o artista revela grande espontaneidade na abstração dos detalhes em suas telas, onde, por exemplo, fileiras de pontos brancos indicam o algodoal. Destacam-se em sua obra o desenho expressivo, o senso da cor e o caráter de fantasia. Silva percorre uma grande variedade de temas: natureza-morta, pintura sacra, marinha, pintura histórica e de gênero. Algumas telas possuem um tom irônico. Nos quadros realizados a partir da década de 1970, o artista cria maior distinção entre a figura e o plano de fundo, empregando também grandes planos de cores.[2]
Arte Naïf
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