Tentaram me fazer acreditar que o amor n�o existe e que sonhos est�o fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os pr�prios. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos(o meu caminho). Insisto em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buqu� de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, � meio m�gica. D� sempre pra tirar um coelho da cartola. E l� vou eu, nas minhas tentativas, �s vezes meio cegas, �s vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a pr�xima etapa ser� o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que n�o d� � pra ficar parado. Se amanh� o que eu sonhei n�o for bem aquilo, eu tiro um arco-�ris da cartola. E refa�o. Colo. Pinto e bordo. Porque a for�a de dentro � maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contr�rios. � maior porque � do bem. E nisso, sim, acredito at� o fim. N�o espero nenhum olhar, n�o espero nenhum gesto, n�o espero nenhuma cantiga de ninar, n�o espero nada. Por isso estou vivo. Pela minha absoluta desesperan�a, meu cora��o bate ainda mais forte. Quando n�o se tem mais nada a perder, s� se tem a ganhar. Quando se p�ra de pedir, a gente est� pronto para come�ar a receber.
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