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Se os teus olhos n�o fossem t�o belos
e a noite n�o se tornasse t�o clara,
andaria confuso, sem sentido algum
pelas ruas geladas dos sem rumo.
Noutra altura, que n�o esta, p�ssaros voavam
graciosamente sobre o teu c�u de p�talas
e os Z�firos, incans�veis, belas melodias tocavam
nas clareiras esquecidas por entre as frestas,
de onde sorrateira fugiste.
Todo o imp�rio do Para�so ruiu na escurid�o,
pois de l� te esgueiraste para o meu cora��o
e desde ent�o, toda a po�tica de viver S�
deixou de existir, porque a companhia de um Anjo
em mim se fez sentir�