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Estou esquecida de quem sou...
n�o existo...
adormecida de mim...
fiquei esquecida entre as coisas perdidas...
sem mem�ria...
numa profunda sensa��o de morte de vontade...
uma dolorosa recorda��o in�til...
desalento da consci�ncia...
uma saudade infinita de mim...
de querer...
relembro quem n�o fui...
num cansa�o de ter vivido...
o ontem...
o hoje...
o nada...
a eternidade...
uma sensa��o de dor na alma...
cela infinita da vida...
muro intranspon�vel que me soterra...
ang�stia e desola��o feita de aus�ncias...
de sentimentos desfeitos.
Sou a folha ca�da duma ilus�o...
triste tarde de Inverno...
na mem�ria que me d�i na escura noite...
interl�dio de vazio no meu cora��o exausto...
parado no tempo meu sentir...
estagnado num rio de mem�rias naufragadas...
ref�gio de esquecimento...
numa melodia de sil�ncio dos meus sonhos...
sons esquecidos de palavras por dizer...
sentimentos que s�o a  sombra do meu cansa�o...
abismo negro e gelado onde adorme�o...
nas car�cias sem gesto...
nas rosas mortas do meu cora��o...
no gelo dos meus olhos...
na saudade de mim...
nas mem�rias vazias...
onde embalo a dor...
num solu�o calado...
silencioso...
perdido na noite imensa...
onde tudo � frio...
at� a lembran�a.

http://rosasolidao.blogspot.com.br

 



Sou escurid�o...
sou tristeza...
Vida que n�o quer ser vivida...
Em nada encontro beleza...
J� sou morte...
n�o sou vida!
Sou um sonho...
um lamento...
esperan�as...
Arrasto no meu pensamento...
A bruma das lembran�as...
Procuro-me na imensid�o...
da solid�o...
Procuro-me nas minhas m�os frias...
Onde fiquei...
onde estou...
Em que recanto me perdi...
Onde foi que acabou...
A vida que n�o vivi...

http://rosasolidao.blogspot.com.br

 
 


Os anos passam...
os dias lentos e frios...
o peso da vida que denuncia cansa�o...
os enganos...
poemas guardados...
sonhos desfeitos...
dor de poeta...
solid�o de mulher que perdeu a inoc�ncia...
alma inquieta...
sementes de amor...
peda�os de dor...
marcas de espinhos...
restos de vida...
Prisioneira e liberta...
querendo fugir das teias...
do frio que inunda as madrugadas...
da dor escondida no fundo do tempo...
na vida que se fez noite...
no corpo que d�i...
desejo a arder...
numa �nsia de ser...
no desespero de querer...
na emo��o de sentir.
Aprisionada entre o querer e o poder...
entre a vida e o abismo est� o passado magoado... 
o presente vazio...
o futuro ausente...
apagado nas sombras...
desvanecido na desilus�o...
doendo no corpo e na alma...
escorregando entre os dedos dormentes da vida.
Aprisionados entre o tempo e a mem�ria...
os sonhos que se vestiram de aus�ncia...
silenciosos gritos ecoando na noite sem fim...
perdidos num espa�o branco...
vazio...
como estas m�os que escrevem...
t�o nuas...
t�o despidas de carinho...
anoitecidas de ilus�es...
vazias de promessas...
cheias de sil�ncios.
Aprisionado no meu corpo um solu�o...
na madrugada um abra�o ausente...
no meu rosto gestos sem idade...
no meu olhar...
este grito ecoando na madrugada...
chamando na noite a ternura.
H� no meu olhar a aus�ncia...
o tempo...
o ser... 
o estar...
o continuar...
o Outono com lembran�as de Primavera...
quase nada...
um corpo numa rosa que secou...
no vazio de um abra�o...
no desejo de um beijo...
nas palavras mudas gritando em sil�ncio...
num poema maldito onde repousam todos os dem�nios...
no meu corpo uma l�grima...
nos meus dedos um poema inacabado...
perdido no sonho...
entre o tempo e o desengano.
Sem adormecer encontro o sil�ncio de todas as ruas sem nome...
procuro-me e n�o procuro ningu�m...
apenas um corpo amortalhado...
umas m�os cansadas...
cheias de nada...
vazias de tudo.
Caminho em sil�ncio...
entre as brumas...
nos caminhos vazios da saudade...
meu corpo vaga sem destino...
envolto na solid�o de uma l�grima que me escorre da alma...
doce e tristemente chamando a vida que me escapa entre os dedos...
gritando o tempo que se esvai...
nascendo e morrendo tanta vez...

http://rosasolidao.blogspot.com.br



Hoje...
queria rosas nas minhas m�os...
estrelas no meu olhar...
Palavras de amor no meu corpo...
leves como p�talas de veludo...
Hoje...
queria andar � deriva no teu desejo...
no teu (a)mar
Mas vem a noite...
veste-se de grito num abra�o t�o profundo...
Hoje n�o quero poemas...
quero tocar o c�u...
no infinito voar...
Quero repousar ternamente...
entre as nuvens o meu cansa�o...
Entre afagos meu amor...
seca os meus olhos cheios de mar...
Hoje...
meu amor...
quero que sejas o olhar onde me enla�o...
Hoje...
queria uma voz murmurando ao meu ouvido ternamente
palavras de amor...
escritas no olhar...
dedilhadas na minha pele...
Hoje n�o quero rimas nem poemas...
queria ser tua docemente...
Queria apenas envolver-te nos meus doces bra�os de mulher...
Hoje...
queria calar a poesia...
hoje queria apenas falar de amor...
Queria inventar-me...
inventar-te...
prender-te nas m�os vazias...
Hoje...
apenas hoje...
queria no sil�ncio esconder a minha dor...
Soltar as palavras que no meu corpo gritam nas noites frias...
Hoje...
queria morrer e renascer...
hoje queria ser rosa em bot�o...
Queria voar al�m de mim e do tempo...
queria ser o amanhecer...
Hoje queria gritar todos os sil�ncios...
escritos no meu cora��o...
Queria hoje meu amor...
num doce olhar...
em mim te prender...
Hoje...
apenas hoje...
queria sentir o calor da tua voz...
a ternura
O tempo dentro do teu olhar...
a tua m�o presa na minha m�o...
Hoje queria apenas...
o meu corpo ardente no teu...
doce loucura...
Queria hoje...
apenas hoje meu amor...
ser um instante de paix�o...

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Bem




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