Juntando os peda�os de meu Cora��o esquartejado e sem cor
tento desesperadamente traz�-lo a vida...
Tento colar seus peda�os com l�grimas ardentes que escorrem da alma... mas em v�o...
Nada cola o cora��o!!!
Talvez se eu desnudar a alma, de sentidos enclausurada, retirar dela lembran�as, seguir meu caminho e refazer-me...
Talvez eu consiga encontrar algum lugar, onde s� o vento possa ser meu companheiro e meu cora��o curar...
J� n�o faz sentido tocar, no que n�o me permito mais sentir...
A dor � imensa!!!
Oh, tempo! Como demoras a passar, a chegar aqui...
Queria que viesse logo e levasse contigo essa dor que dilacera o corpo e a alma...
Fa�a-me esquecer o que sinto, retira isso de mim...
Deixa-me esvoa�ar pelos c�us, ainda que descal�a e faminta...
Deixa-me soltar cada p�tala escondida no meu ser...
Sou asa partida em tuas m�os, tempo...
Feiti�o sem igual, quebranto sem cura...
Sou serpente, sou meu pr�prio veneno...
Deito-me neste len�ol branco, cobre-me o v�u da noite, observo a tela do amanh� e desejo que o amanh� chegue sem demora...
Vem logo tempo...Preciso de voc�, pois...
Hoje sou uma tela em branco, vazia, sem sentido, esquecida num canto qualquer por mim.

Maria Cristina Faria*
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                                *Aqui ela chegou em 21/07/2009*